Janeiro tem todo esse poder de me expôr a uma carga emocional das mais fortes. É sempre assim. Não há maneira sensata de encarar tudo isso. E, por essa razão, entrego-me!
Sem rodeios ou maiores explicações, o mês que inicia o ano me pega no colo e me joga pra cima. Despudoradamente, tem vezes que corre comigo nos braços e me gira por aí só para ouvir minhas risadas e sentir os arrepios que me provoca. Descobri que Janeiro não tem vocação pra psicólogo ou chance alguma de conselheiro. Ele quer mesmo é que eu forceje para aguentá-lo, para que assim, possa encarar o resto do ano com leveza.
A intensidade que Janeiro tanto esfrega na minha cara é devidamente amaciada nos Marços, Junhos e Setembros que sucessivamente se apresentam. Tudo isso é assim...porque, de fato, me esbaldo sem medo nos delírios das primeiras semanas do ano.
Eu nasci para ser Janeiro e sei apreciá-lo com suas manhãs brilhantes, seus meios de dia que são sentidos ardentemente em nossos peles e corações e mais ainda, suas noites que não sabem escurecer e insistem em nos levar para a rua. Quero sempre mais em Janeiro e me entrego a querer que todos os meses sejam o início de tudo, afinal aprendi a viver de começos.
Impresso em mim, estão todos estes desejos de novidade e realizações...para que assim, nossos anseios sejam sempre carregados para longe.
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