
Acordo pesada como se a dose
de vodka que eu não tomei ainda martelasse minha cabeça. E não é de tanto
dançar que minhas costas, tensas, se curvam sobre as pernas que bambeiam sem
que ninguém as tenham feito tremer.
Minhas manhãs têm sido de
dúvidas em saber que sonho me pular de uma cama que eu mesmo baguncei de tanto
empurrar os lençóis. E às vezes que não foram nem o despertador ou o sol
invadindo meu quarto que me tiraram do vazio do sono, e sim eu mesma gritando.
Se era uma briga, uma ordem, um pedido de socorro ou um desejo satisfeito nunca
consigo saber.
Talvez sejam meus planos
inacabados ou as vezes em que deixei pairando no ar muitos sentimentos. O que é
certo é que isso de não estar em paz, ainda me pesa a alma.
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