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domingo, 3 de julho de 2011

um dos guerreiros da pátria pampa

   Cá estou eu propagando o tráfico de palavras que bem deve acontecer. 
   Sou uma tradicionalista [e bairrista quando se trata do meu Alegrete]. E como uma boa alegretense, tenho um certo 'pé atrás' com os hermanos da cidade ao lado.. Uruguaiana, que chamamos com carinho de 'vila mais bem cuidada do Alegrete'. Pois bem, ainda há uruguaianenses que me encantam. 
   Um deles é o Pirisca Grecco, um baita músico, letrista e propagador da nossa cultura. Destaco aqui uma entrevista que o Portal Sul 21 fez com o taura. 


Capa do CD 'Clube da Esquila', com Pirisca Grecco como modelo de tosa

Pirisca Grecco: identidade gaúcha, passaporte para o mundo
     O músico Pirisca Grecco nasceu em Uruguaiana, no ano de 1971, na mesma semana em que a cidade assistia à primeira edição da Califórnia da Canção Nativa, o pioneiro dos festivais nativistas do Rio Grande do Sul. Aos 40 anos, a Califórnia está parada. Pirisca, muito pelo contrário.
     Colecionador de troféus Açorianos de intérprete regional, Pirisca anda com a cabeça no mundo. Com o projeto “Clube da Esquila”, que vem sendo realizado no bar Dhomba, em Porto Alegre, ele convida músicos de naipes diferentes e tenta se afastar da eterna ronha estética que envolve a música regionalista e as limitações impostas pelo tradicionalismo. “Tenho carteira de identidade gaúcha e passaporte para viajar a qualquer lugar do mundo”, reivindica.
    De lenço no pescoço e bombacha, o músico regionalista empunha sua guitarra sem maiores preocupações em definir que estilo representa, se está ofendendo os rígidos preceitos tradicionalistas ou se, por outro lado, está agradando ou não os ouvidos mais urbanos. Não é pouca coisa em um meio musical marcado pelo conservadorismo dos que estão dentro e o preconceito dos que estão fora.
    Se não é inédita a proposta de misturar o regionalismo com tendências universais, é notável o desprendimento com que Pirisca se dedica à música, sem afetações, preconceitos ou restrições de quailquer ordem.
   - Eu percebo a gauchada acomodada. É mais fácil achar do que fazer. Já aconteceu de me perguntarem o que eu acho da minha música: eu não tenho tempo de achar. Eu faço. Às vezes, pro gaúcho, é muito mais fácil achar do que tomar uma atitude.
    Pirisca Grecco é um músico regionalista do Rio Grande do Sul. Carrega o sotaque da terra natal; usa boina, lenço e bombacha; canta os “costumes do meu pago” e regrava Telmo de Lima Freitas, mas faz jus ao passaporte para o mundo. Com a “Comparsa Elétrica”, toca clássicos regionalistas e envereda para músicas que mais parecem um rock salteado com vaneirão. “Eu sou um gaúcho rock and roll”, define.
   - O artista não pode ter esse tipo de preconceito. Eu não posso botar um limite na minha composição. Eu quero, quando o Lenine vier a Porto Alegre, que ele saiba que existe o Clube da Esquila e toque com a gente. Quero que o Yamandu Costa nos visite, que a Maria Rita passe lá para cantar. Faço música para todos.
   Defensor da espontaniedade, pouco afeito a rótulos mas, ao mesmo tempo, tranquilo e convicto de que faz música gaúcha, Pirisca Grecco é também um ativista da música regional. No Twitter (@piriscagrecco), lançou uma “campanha” para cada músico replicar as agendas dos colegas. Anda pensando em movimentar músicos uruguaianenses para reativar a Califórnia, que vive mais um período de crise. E se prepara para lançar o disco do “Clube da Esquila” ainda este ano.

3 comentários:

  1. Tá aí um artista que preza pela criatividade.

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  2. Ahh, que nome mais diferente! xDD Nunca ouvi falar dele! =] Tu tá ouvindo esse estilo de música agora? E a Mad Madonna? =O =O Quando tu vai postar algo do Drew Sarich, Bárcia? ^^ E do Dé? =D Beijos, Bárciaaaaa!!

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