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domingo, 31 de outubro de 2010

distante da jogada


  É hoje meu povo e minha pova [como diria um político afeito aos colóquios populares], que iremos novamente às urnas escolher quem ficará a cargo da Presidência do Brasil pelos próximos quatro anos.

  Todos os brasileiros estão se movimentando para que neste domingo o seu voto valha à pena: 
  • Os pró-Serra estão motivados com a ideia da virada nas urnas.
  • Os pró-Dilma, pelo que ouvi, já cantam vitória.
  • Os do time da Marina, apoiaram o 45 ou o 13. E há aqueles que defendem o Branco como alternativa ao Verde.
  • Os indecisos tiveram uma mãozinha da Sabatina com nome de Debate que a TV Globo promoveu na sexta-feira. Mas também, uns continuam perdidos no meio de tantas propostas [ou desapontados com a qualidade delas].
  • E por último. O grupo onde me encaixo no momento atual: os que vão justificar a ausência.
  Se bem que, a nossa motivação em sair de casa é mesmo para não ter que pagar uma multa por não ter ido votar.
  O meu caso é mesmo por não estar na minha zona eleitoral, que é Santa Maria. Passei os dois turnos desta eleição em Três de Maio, trabalhando.
  E é engraçado isso. Por um lado, tou fora da jogada eleitoral já que não posso apertar o CONFIRMA. O meu papel é só assinar a folha da justificativa.
  Mas por outro lado, o fato de estar cobrindo as eleições para o jornal, faz com que eu me torna mais participativa da votação. mais do que muita gente que fica cara a cara com a urna eletrônica. 
  Bueno, já que é assim. Bom voto a todos. CONSCIÊNCIA, meus amigos. Votem com o coração e sempre tenham o desejo crescer e de melhorar!
  


terça-feira, 26 de outubro de 2010

estamos trôpegos

"Nada mais reacionário do que um revolucionário no Poder"
Essa frase era dita pela minha professora de História do Ensino Médio sempre que tratávamos de estudar os regimes de governos como o de Fidel Castro em Cuba ou de Hitler na Alemanha. E agora já temos exemplos expressivos na Venezuela e no Brasil.
Pensei que nunca usaria esta sentença fora da sala de aula. Mas nos últimos anos percebi, de maneira assustadora, que ela descreve tão bem os modos de governar dos líderes atuais tanto quanto explicava as situações escritas nos livros. 
Com a liberdade de expressão dos meios de comunicação sendo cerceada, manipulada e inspecionada pelo Governo,  a única informação que nós jornalistas podemos dar é que a população está sendo derrotada.

PS.:
Link pertinente de última hora
Alguns países tratam jornalistas como se fossem uma caneta: - via Twitter @revistabula

quinta-feira, 21 de outubro de 2010

De carona com Tarantino

“Claro que é violento, mas é um filme de Tarantino. Você não vai ver um show do Metallica e pede para os caras abaixarem o som”
Quentin Tarantino
   Este debochado aí de cima [e aí de baixo], sabe não só formar uma bela frase de impacto, como também faz filmes incríveis. E olha que Quentin Tarantino, não vários filmes bons. Ele faz um só muito bom. Ou você acha que tudo o que esse roteirista levado já escreveu são só alguns filmes ao longo dos anos. Não! Tudo o que Tarantinno já produziu [desde Cães de Aluguel (1992) até À Prova de Morte] é uma sequencia de um único filme. Mas bem, isso é para outra rodada de observações.

   Eu esperei tanto para assistir À Prova de Morte [Death Proof] que, agora que vi, posso dizer uma coisa: Ô Tarantino, tu me deixa zonza com tanta cena genial. Mesmo quando ninguém fala, o ronco dos motores, as risadas e a trilha sonora [que sucesso de trilha sonora] conta toda a história. O mestre dos detalhes não nos decepciona.
Primeiro ele nos serve margueritas em um bar onde a junkbox anima tudo. Galanteador, insere até um versinho na cena. E como não podia faltar, uma dança ao estilo Um Drink no Inferno (1996) [só que desta vez sem a serpente]. Rá, e tem a Marcy. Que na dublagem em português virou Márcia [um ponto pra essa adaptação dos dubladores...hehe]
   Depois vem a carona e pam, pam, pam!
   Em seguida ele nos deixa esperando por um G.O sem açúcar no estacionamento de uma lanchonete. Sem contar que eu pulei pra pegar o meu celular na hora que a Abernathy recebeu uma ligação, o toque é o mesmo!!! E a explicação vem agora: a musiqunha que toca é The Killer Song, que é o assobio de uma das cenas antológicas de Kill Bill I
   Outra referência ao jeito Kill Bill de ser, é a cor do carro do segundo grupo de garotas que na parte externa imita as cores do uniforme de luta da Beatrix Kiddo [a noiva] e do lado de dentro é a mesma da camionete que ela dirigia em Kill Bill. A roupa, de líder de torcida, da atriz Lee lembra muito o estilo colegial da Gogo Yubari. E os pés, aah essa eterna [e sempre presente] paixão de Tarantino. Sim, tudo isto ele embola num mesmo filme, e essa foto retrata todas essas referências.
   E como meus pensamentos ficam suspensos no ar com essas criações que saem da mente de Tarantino. Digo que estou a espera do próximo capítulo deste hiper-longa-metragem que ele está costurando a cada filme. E que venha!!



terça-feira, 19 de outubro de 2010

O êxtase da Literatura

"A verdadeira literatura é feita exclusivamente de mentira” - Juremir Machado da Silva
Um poderoso meio de contar histórias e de transformar vidas, isso é Literatura. Mais do que fazer sonhar, ela impulsiona pensamentos e de linha em linha nos mostra um novo mundo. Ela comove com histórias, choca e apresenta conceitos e aspectos que se assemelham à nossa realidade.
"A palavra literatura funciona como a palavra mato: o mato não é um tipo específico de planta, mas qualquer planta que, por uma razão ou outra, o jardineiro não quer no seu jardim. Literatura talvez signifique exatamente o oposto: qualquer tipo de escrita que, por alguma razão, seja altamente valorizada" (ELLIS apud EAGLETON, 1997, págs. 21-22).
É por isso que a literatura seduz, instiga e provoca sentimentos. A curiosidade de pegar um livro ou pôr os olhos na primeira linha para conhecer o novo, seguindo até a última página e acompanhando o ponto final para extasiar de conhecimento e descobertas do cérebro e da alma.
As pessoas são movidas por histórias, e o mundo também. Historicamente ela é a investigação de tudo o que se vive. Para os homens de hoje se compreenderem, procuram os livros para lhe contarem suas próprias vidas. Essa investigação do mundo transfigurado em palavras é que leva à constatação da importância da literatura para culturas e sociedades ao longo da História.
A melhor aplicação de uma definição seria dizer que a linguagem, os modos de vivência e os acontecimentos estão imortalizados na Literatura. É através dela que acontece o contato com um conjunto de experiências vividas pelo personagem sem que seja preciso vivê-las.

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

Um recado pra gente

E se milhões de pessoas dependessem da sua imaginação.   

Você os manteria vivos?!

quarta-feira, 13 de outubro de 2010

Minha palavra vale um tiro...

    ... e eu tenho muita munição ♫ [Racionais MC's]

Foto [e a 'belezura' da letra]: Márcia Pilar
   Palavras que se misturam e se recriam em um texto. Que se movimentam em informação e germinam ideias. Palavras simples que, unidas a outras, pipocam significados. Palavras que viram armas, que dão poder. Palavras que mutilam pensamentos e amarram ações. Transformadas em texto, materializam-se. Podem duramente guiar opiniões ou  proporcionar um sem fim de interpretações.
  Ah, esse delinear de movimentos, funções e opiniões que a palavra escrita imprime nos textos, crônicas, reportagens, poemas, cartas e até nos recadinhos.
  Para quem as cria, escrever é construir ideias e responder questionamentos para saciar a vontade de quem mais tarde vai tomar a palavra para si. 
  Assumi-las, é como atirar um bumerangue e esperar que ele volte. Só tenha cuidado com a força da impulsão, porque a volta será na mesma medida.
 

terça-feira, 12 de outubro de 2010

A mesma

   Tenho 23 anos e neste Dia da Criança, já que ninguém me concede mais presentes, decidi fazer um comparativo pra ver de muita coisa mudou.
  Segundo informações, quando eu ainda estava aprendendo a falar, criei uma linguagem própria. E, graças a isso, ninguém me entendia. Ok, isso não mudou muito... não que hoje eu tenha que andar com um dicionário de Marcianês por aí. Mas com essa velocidade alterada com que falo, ainda confundo alguns desavisados.
  Só pegava livrinhos com figuras e julgava o livro pela capa [literalmente, se não tivesse uma capa bonita...ficava na estante]. Amém! Nisso eu evolui. Atualmente os únicos desenhos e traços decorativos nos livros, são os meus. Risco em livro sim, mas nos da minha estante e são comentários beeem pertinentes ;)
   Não comia bife de fígado, espinafre e ervilha. Até descobrir que bife de fígado tinha gosto de milho verde e que comendo espinafre eu podia ficar forte igual ao Popeye [aham!]. A ervilha? Não... essa eu ainda deixo no canto do prato.
   Tinha fixação por diários [com cadeado] e agendas. A customização acontecia e os babados fortes [ah tah!] eram super documentados. Isso ainda durou um bom tempo, mas há alguns anos minhas agendas só servem pra anotar o que tenho que fazer e apontar as entrevistas que tenho pela frente. E troquei os diários por blocos, onde comporto muitas histórias que já não são as minhas.
   Pois bem... não falo em mudanças, prefiro dizer que foram adaptações. Sem contar que eu ainda me sinto feliz vendo desenho animado na TV quando tenho uma manhã livre, que adquiro uma porção de danoninhos quando vou ao mercado e vez por outra durmo agarrada num ursinho de pelúcia. É tão bom continuar a mesma, mesmo que de vez em quando. ;)

sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Sabem tudo


Eles ainda estão aprendendo a ler e a escrever. Mas já se interessam pelo que acontece na cidade em que moram e querem saber como as notícias acontecem e vão parar no jornal. Foi na companhia destes curiosos que passei a tarde hoje.
Na redação do Cooperjornal essas visitas olharam, apontaram, perguntaram e até me deram sugestões valiosas.
Eu, acostumada a questionar e a entrevistar, fui sabatinada: "Como tu sabe de tudo?", "Só vocês dois aqui escrevem esse jornal inteiro?", "Tem que saber muito de português pra escrever tanto né?". Entre 'sim' e 'não', fui respondendo e explicando como funcionava a rotina de um jornalista.
Os olhares atentos até me surpreenderam. Os dispersos logo se aquietavam quando eu apontava para o computador [mostrando os bonecos do jornal ou as edições impressas. Eu já fui como eles, e muitas coisas me passavam pela cabeça. Nesta fase o jornalismo ainda não era opção, queria era ser "da polícia" [não me perguntem a lógica disso].
Depois que todos foram embora, o silêncio da redação me mostrou com quem eu estava lidando e como me senti tão pequenininha perto deles. 
E foi assim que antecipei o meu Dia da Criança, passando uma tarde com elas.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

Na companhia do maldito

Na minha estante, Juremir. Foto: Márcia Pilar
 
   Há mais de oito anos o Juremir está na minha vida e aqui em casa. No meu quarto, ele circula livremente. Quando não estou deitada com as mãos nele, fica me encarando do lado da cama.
   É ele que recebe as minhas visitas aqui em casa. Sempre muito encantador, é ele que chama todas as atenções.
  Muitos que já tiverem seus momentos com ele me comentam as histórias que passaram juntos, e sempre me identifico com algumas delas. Os que nunca viram, se espantam como um homenzinho desses, que escreve tanto [e em tantos lugares], nunca lhes tinha saltado aos olhos.
  Uns já querem levar o meu Juremir pra casa, às vezes até deixo.... mas com a garantia de que o tratem com carinho e que usem e abusem dele. E é claro, tragam de volta. Sempre tem aqueles que viram o nariz, torcem os olhos e discordam que ele seja uma boa companhia. Mas tem momentos que eu também penso assim. Mas insisto na tortura.
Um jornalista que não sabe só perguntar. Um escritor que não se contenta só com a lite­ratura.

   Se cada um fosse um, seria preocupante. Mas essas duas personalidades se encai­xam num só, Juremir Machado da Silva.
  Pelo fato de ser jor­nalista e escritor, é um defensor da literatura como ferramenta de informação e meio onde as pes­soas podem conhecer novas im­pressões.
Autor de obras literárias e jor­nalísticas, este contador de histó­rias acredita no livro como forma­dor social e intelectual e que sua utilização tem que ser mais difun­dida e trabalhada.
  Quando escreve, Juremir é ácido e imponente com as palavras, dei­xando clara sua opinião. Munido de doses homeopáticas de ironia, já escreveu mais de 20 livros e tra­duziu obras de autores franceses.
  Os que ainda não sabem quem é Juremir, indico que conheçam as ideias de vanguarda, as opiniões ácidas e talento feroz desse ‘autor maldito’. Quem afirma isso é autor, eu só repasso títulos que ele próprio nos instiga a acreditar. Que prazer tenho nisso. E, levem ele para morar com vocês!

*Juremir Machado da Silva lançou em Setembro [mais um] livro polêmico.
A 'História Regional da Infâmia - O destino dos negros e outras iniquidades brasileiras (ou como se produzem os imaginários)'.
Ainda não o li, mas muito já soube a respeito. Por se tratar de um ataque ao que os tradicionalistas mais respeitam, a cultura do gaúcho, o livro não foi bem recebido. Nem mesmo pela mídia. 
Só pelo título e pelos comentário já feitos pelo seu Juremir, eu também reforço o lado dos descontentes.
Maaaaas, como o imaginário dele supera qualquer entendimento meu. Comprarei, lerei, indicarei e tenho a certeza que vou terminar a leitura atônita. Por um motivo, o que me seduz não é sobre o que o Juremir escreve. Mas sim, como ele escreve. E isso me basta!

domingo, 3 de outubro de 2010

sábado, 2 de outubro de 2010

Pra ela...

De todo o amor que eu tenho. Metade foi tu que me deu
   Hoje [02 de outubro] é aniversário de uma pessoa que realmente posso dizer que se não fosse por ela, eu não estaria aqui: a dona Sílvia, minha Mãe [madrecita querida].
   E eu aqui, longe dela, sem poder encher de beijos ou abraços... fiquei pensando no que dar para uma pessoa que já escreveu até um livro para mim/sobre mim. Ainda acho que as histórias que já existiam por aí não me paravam, que ela teve que escrever uma que me atentasse. E conseguiu!
  Enfim... como sou não escritora, muito menos poetisa [como ela] e não acho que uma reportagem fosse servir para o momento. Então dedico o que tenho para ela, hoje: este blog.
  Não é grande coisa, mas é de coração!!!
  Obrigada a ela que continua escrevendo o seu livro mais intenso: a minha vida.
De todo o amor que eu tenho
Metade foi tu que me deu
Salvando minh`alma da vida
Sorrindo e fazendo o meu eu

Se queres partir ir embora
Me olha da onde estiver
Que eu vou te mostrar que eu to pronta
Me colha madura do pé

Salve, salve essa nega
Que axé ela tem
Te carrego no colo e te dou minha mão
Minha vida depende só do teu encanto
Cila pode ir tranquila
Teu rebanho tá pronto

Teu olho que brilha e não para
Tuas mãos de fazer tudo e até
A vida que chamo de minha
Neguinha, te encontro na fé
Me mostre um caminho agora
Um jeito de estar sem você
O apego não quer ir embora
Diaxo, ele tem que querer

sexta-feira, 1 de outubro de 2010

E quando o jornal atrasa?

E tudo parece virar bagunça....

Esse foi o perfil desta minha sexta-feira. Mesmo começando o mês de outubro com alguns planos virando fumaça a cada virada de ponteiro, sei que este outubro vai ser intenso, produtivo e com novidades que vem apontando por aí.
Como disse no título: e quando o jornal atrasa?
Pois, o jornal atrasou. Quando se dá grandes pulos e se ousa, abre-se uma brecha para certos deslizes. Muitas coisas estão mudando aqui no Cooperjornal, as mais recentes são: a revisão do nosso projeto gráfico e a troca de gráfica.
Pra esta última edição [de 01/10] já investimos na nova gráfica, que tem uma carga histórica e tanto, a gráfica  do Correio do Povo.
Só que nisso de tá tudo muito lindo, ta tudo muito bom. Sempre esquecemos que imprevistos acontecem. E acontecem mesmo!!! A gráfica atrasou nossa impressão, e outras também... até o Correio atrasou. Reforço, isso acontece. E temos que estar preparados para ocasiões assim.
Resultado: uma manhã e tarde de sexta-feira nada legal. Nem pro pessoal do atendimento, nem pros entregadores, nem pra nós jornalistas e muito menos para os nossos leitores. Acho que depois que eu fechar o olho pra ir dormir, ainda vou escutar o barulho do telefone que não parou de tocar aqui no jornal.
E pra completar... as três entrevistas que eu tinha agendadas hoje [sexta-feira] e amanhã [sábado] em três cidades próximas aqui de Três de Maio,  para a revista que faço freelance,  também furaram. Oh céus! Vai estourar tudo na segunda.
Ainda por cima, não irei votar nessas eleições. Beeem legal, para quem está indignada com a falta de vergonha e de ética dos poderes vigentes. Resta confiar na boa consciência das pessoas que vão apertar o CONFIRMA no dia 03.
E sabem por que não fui para Santa Maria votar? Porque teria que ficar o final de semana todo em Três de Maio por causa disso → uma reunião na sexta-feira de manhã para avaliar a nova cara do jornal e por causa das viagens que teria que fazer na sexta e no sábado por causa das entrevistas. E é claro, tenho que cobrir a votação aqui também.
Fico como??

Bom voto para vocês no domingo, pensem direitinho e com cuidado. ;)
E boa justificativa pra mim!

PS.: o jornal chegou, com atraso e depois de muita explicação para os leitores, mas chegou!