Na minha estante, Juremir. Foto: Márcia Pilar |
Há mais de oito anos o Juremir está na minha vida e aqui em casa. No meu quarto, ele circula livremente. Quando não estou deitada com as mãos nele, fica me encarando do lado da cama.
É ele que recebe as minhas visitas aqui em casa. Sempre muito encantador, é ele que chama todas as atenções.
Muitos que já tiverem seus momentos com ele me comentam as histórias que passaram juntos, e sempre me identifico com algumas delas. Os que nunca viram, se espantam como um homenzinho desses, que escreve tanto [e em tantos lugares], nunca lhes tinha saltado aos olhos.
Uns já querem levar o meu Juremir pra casa, às vezes até deixo.... mas com a garantia de que o tratem com carinho e que usem e abusem dele. E é claro, tragam de volta. Sempre tem aqueles que viram o nariz, torcem os olhos e discordam que ele seja uma boa companhia. Mas tem momentos que eu também penso assim. Mas insisto na tortura.
Um jornalista que não sabe só perguntar. Um escritor que não se contenta só com a literatura.
Se cada um fosse um, seria preocupante. Mas essas duas personalidades se encaixam num só, Juremir Machado da Silva.
Pelo fato de ser jornalista e escritor, é um defensor da literatura como ferramenta de informação e meio onde as pessoas podem conhecer novas impressões.
Autor de obras literárias e jornalísticas, este contador de histórias acredita no livro como formador social e intelectual e que sua utilização tem que ser mais difundida e trabalhada.
Quando escreve, Juremir é ácido e imponente com as palavras, deixando clara sua opinião. Munido de doses homeopáticas de ironia, já escreveu mais de 20 livros e traduziu obras de autores franceses.
Os que ainda não sabem quem é Juremir, indico que conheçam as ideias de vanguarda, as opiniões ácidas e talento feroz desse ‘autor maldito’. Quem afirma isso é autor, eu só repasso títulos que ele próprio nos instiga a acreditar. Que prazer tenho nisso. E, levem ele para morar com vocês!
*Juremir Machado da Silva lançou em Setembro [mais um] livro polêmico.
A 'História Regional da Infâmia - O destino dos negros e outras iniquidades brasileiras (ou como se produzem os imaginários)'.
Ainda não o li, mas muito já soube a respeito. Por se tratar de um ataque ao que os tradicionalistas mais respeitam, a cultura do gaúcho, o livro não foi bem recebido. Nem mesmo pela mídia.
Só pelo título e pelos comentário já feitos pelo seu Juremir, eu também reforço o lado dos descontentes.
Maaaaas, como o imaginário dele supera qualquer entendimento meu. Comprarei, lerei, indicarei e tenho a certeza que vou terminar a leitura atônita. Por um motivo, o que me seduz não é sobre o que o Juremir escreve. Mas sim, como ele escreve. E isso me basta!
Outro qualificativo do Juremir, é um Petralha! Eu não leio o que sr Juremir escreve porque não alimento cobras. Elas podem parecer mansinhas, bonitinhas, lisinhas, mas são cobras.
ResponderExcluirPois é mesmo.
ResponderExcluirO Juremir já se disse 'uma das viúvas do PT e do Lula', mas é de esquerda e defende seus ideiais.
E discordo dele. Como em outras tantas coisas.
Tenho certo que mais discordo dos posicionamentos dele, do que concordo.
Mas, como escrevi, é do jeito que ele escreve que gosto.
Defendo o Juremir literário. Não o Juremir político, torcedor [já que é colorado] e social [pois se contrapõe a tudo que tnho por ideologia].
Por isso que me chama atenção o jeito que ele escreve, não concordo com nada que diz.. mas aprecio a forma que diz.
Ele é tio de uma escritora famosa também. Lá do Alegrete. Uma tal Livia Cadore que me escrevia cartas! ahahahahahh
ResponderExcluirNega veia, te amo!
Claaaro!
ResponderExcluirDona Lívia Cadore mestre no texto de cartas e agendas. =]]
aaaie, que saudade que deu.
Hum, hum!!!!! Estranho!!!
ResponderExcluirAntes eu achava que o Juremir era apenas mais escriba iconoclasta, desses que proliferam aos montes nessa era 2.0 em que vivemos. Uma espécie de "Diogo Mainardi de bombachas".
ResponderExcluirMas aos poucos percebi que os textos dele eram mais profundos e instigantes.
Hoje já admiro e respeito muito o estilo desse escritor.
Ainda lembro o dia que tu passou por mim com o livro "Fronteira" e eu descobri, desde então, que tu era fãzoca dele! mundo pequeno! hehehe
ResponderExcluirSou uma grande escritora de cartas hahah ótimos tempos aqueles, que quase não usavamos email! Muito mandei carta pra Brasilia!
Juremir não agrada à todos, mas é um grande escritor (além de ser meu tio hehehe) !
Beijocas Márcinha
Precisa-se de muita preparação psicológica e emocional para ler os escritos dele. É um vai e vem de gostos e dosgostos que tonteia mesmo.
ResponderExcluirMas ele é um mestre das palavras, nos deixa apaixonados para depois encher-nos de tapas.
É assim mesmo.
Acho o Juremir o máximo, independente de ideologia ou gostos esportivos, ele escreve tudo que eu gostaria de dizer!
ResponderExcluirJá li dois livros dele: Solo e Aprendendo a Viver. Os dois ótimos, mas Solo, é simplesmente demais!