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sábado, 25 de dezembro de 2010

O que faz o meu Natal Feliz

Resolvi fazer um mash-up dos acontecimentos que só me surgem nesta data fantástica em que o Mundo inteiro se movimenta e se une em torno de uma energia muito boa, que é o Natal.

Bueno, segurem seus panetones e vamos nos jogar nesse meu remeber.

Bons Natais a todos vocês que fazem a minha alegria visitando o Blog e lendo meus textos.
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Natal é...
- Ter que criar uma pasta especial no teu e-mail pra depois ler com calma e tempo o caminhão de mensagens e powerpoints natalinos.
- Reforçar a fé e testar a paciência esperando 1h e meia numa fila para a confissão. E ainda deixar o povo inquieto por ficar de papo com o padre.
- Ir na Missa do Galo 30 minutos adiantado só pra não ter que ficar de pé. E ouvir da sua mãe que seu vestido não está apropriado para uma Igreja. [wtf]
- Juntar a família, ou parte dela. Sendo que a presença in loco por vezes se torna um mero detalhe e o telefone se transforma na única forma de contato.
- Desligar as luzinhas da Árvore de Natal porque a tomada se torna mais útil para ligar o ventilador.
- Comer um pão com frutas secas e achar uma delícia. Mesmo não gostando de frutas secas.
- Saber que chegou a meia noite por causa dos fogos de artifício que pirilampam em toda a cidade. E ficar na sacada apreciando o show de luzes.
- Refazer a maquiagem e caprichar no perfume pra ir no Baile de Natal.
- Desejar taaaanto Feliz Natal para as pessoas que encontra no Baile, que lá pelas tantas você larga ‘Feliz Páscoa’, ‘Feliz Aniversário’ e outras felicitações fora de época.
- Achar que o Baile era a Fantasia e que as únicas pessoas que não sabiam disso era você e seus amigos. Vou te contar, até cosplay da banda Green Day eu encontrei nessa última festa. Sem contar o povo que vai ‘fantasiado’ de china de cabaré, de ‘sai da academia e fui pro baile’ e de ‘esse vestido é menor que eu, mas uso mesmo assim’. #deusolivre
- Ouvir todo a festa cantando junto quando toca 'Amigo Punk' e 'Peleia' #bomdemais
- Rever gente que há moooooito tempo tava ‘desaparecida’ e ficar perguntando por onde anda o resto do povo.
- Dançar com pessoas desconhecidas. Sempre aproveitando a ginga pra queimar as calorias obtidas na ceia.
- Encontrar uma cadeira vazia pra sentar porque os pés tão doeeeeendo e a sandália ta te matando.
- Do alto do terraço do Clube Casino, ver o sol alegretense nascer.
- Ouvir sua vida toda contarem fatos sobre as homéricas brigas de fim de festa na frente do Casino. E, só aos 23 anos, presenciar uma. Sendo que um dos envolvidos é um ex-colega de ensino médio e desafeto da adolescência que ficou lavado de sangue ao ser cortado com uma garrafa quebrada. Prestar ajuda ao guri e se sujar de sangue escutando ele te pedir desculpas pelas coisas que ele aprontou contigo. “Tu era guria, eu era guri... me desculpa por aquilo”. #choquei
- Ir pra casa de carona. Com o pai. Com o pai da amiga. Com o primo. Com o namorado da amiga. Com o irmão da amiga. Com algum desconhecido. Com alguém que você conheceu na noite mesmo. Com o tio do táxi. Ou então, a pé mesmo...segurando as sandálias na mão e com a prima te carregando.
- Chegar no seu lar e atacar a geladeira. Tendo a torta-fria como motivo de toda a sua alegria.

domingo, 19 de dezembro de 2010

um ponto pra quem não tem ponteiros


É na verdade um modus operandi do autor… fazer tudo em cima da hora.
Só assim poderá alimentar a ideia de que é capaz de fazer muito melhor se tiver mais tempo…

Entresolo, Alberto Lóio



E na correria do dia-a-dia, o que sobra da gente é o tanto que escrevemos. O apego fica na ideia de que posso fazer mais, indo mais longe. 

Uma forma cheia de prosa pra explicar o jeitinho brasileiro. ;] 

Muito aplicável para quem o tempo parece ter chegado de surpresa para os desatentos. E que, no meio de assuntos de trabalho, contas a pagar e nós a desamarrar, paramos pra pensar como melhorar as nossas vidas e de quem amamos. 

Haja tempo, energia e criatividade. 
Um tanto de tudo isso pra gente, sempre!

quinta-feira, 16 de dezembro de 2010

um, dois, três... sonhando!

Sonhos são uma coisa engraçada. Ou não, quando se tratam de pesadelos. Eu tenho um tanto dos dois a cada noite. E como tenho!

Sonho alto. Quer dizer, além de sonhar alto acordada, sonho em voz alta quando durmo. Isso porque me disseram! Só acordei com a minha voz nas vezes que eu gritava, mas isso era culpa de algum pesadelo.

Enfim, voltando pro sonho falado, isso ainda é um mistério pra mim. Mesmo depois de 23 anos narrando o que estou a sonhar, quando ainda tou dormindo. Bem, o fato é que os sonhos que ‘falamos’ não é lembrado. Explico melhor: Se alguém que me ouviu dizer ‘carro’, ‘cuidado’ e ‘socorro’ durante a minha dormida e vier me perguntar sobre o que eu estava sonhando que falava de um acidente ou algo do tipo com essas palavras, eu não lembro de nada. Como se os sonhos que falamos saíssem pra fora da nossa mente, e não tivessem na nossa memória ao acordar.

Não sei se isso acontece desta forma com outras pessoas. A minha teoria pessoal, e de quem me conhece bem, é que: eu falo taaanto durante o dia, que nem a noite na hora de dormir e relaxar a mente eu não descanso. Tagarelice galopante! Ah, e não é porque eu falo dormindo que eu falo o que não devo, nem adianta puxar papo comigo durante o meu sono que eu serei bem anti-social e não te incluirei na conversa.

Por essas e outras que sempre quando vou dormir na casa de alguém, ou alguém vem dormir aqui em casa, já deixo mais que avisado: se ouvir alguma voz durante a noite, não precisa se assustar. Sou eu de tititi com Morfeu, o Deus dos Sonhos.



segunda-feira, 13 de dezembro de 2010

sobrou pro Papai Noel

Que as temperaturas andam desgovernadas, isso todos já sabemos. São as chuvas que causam enchentes e devastam cidades. E o calor intenso provocando secas que empobrecem o campo e escasseiam os alimentos nas mesas das famílias.

É... o tempo anda mesmo louco. E a culpa é nossa.  2010 empatou com o ano mais quente registrado na história, o de 1850. Temperaturas que beiravam os 40º C em plena Primavera. Dias e mais dias de veranico enquanto o frio devia estar guiando a estação do Inverno. Manhã geladas, tardes de sol a pino e noites de temporais, tudo isso em um único dia. Estações bem definidas? Só no calendário.

Já ando com saudades de quando eu tinha minhas roupas de frio bem expostas no armário quando estávamos no Inverno, e as peças de Verão guardadas na gaveta esperando os primeiros dias de novembro chegarem. Agora já não sei mais o que é isso. Mesmo nos dias quentes, levo uma sombrinha dentro da bolsa e deixo um casaco de reserva no trabalho porque sei que quando voltar pra casa, à noite, vai estar uma friagem daquelas.

Neste dezembro marcado por instabilidades climáticas, sobrou até pro Papai Noel. Em Três de Maio, um dos símbolos do Natal precisou se proteger das pancadas de chuvas que andam surpreendendo todo mundo.

sexta-feira, 10 de dezembro de 2010

me diz sobre o que vai escrever, que te direi se leio

Tem vezes que acho que é assim mesmo que os leitores agem. E digo uma coisa pra quem tem esse hábito ao pegar um jornal, uma revista ou livro: QUE COISA MAIS FEIA!

Escrevendo para esses dois meios de impresso [revista e jornal], percebi algo que em pleno 2010 me assusta demais: o grande número de pessoas que não sabem ler um jornal [só pra dar de exemplo]. E não é nenhum analfabeto ou pessoa pouco letrada, enxergo isso em gente que ocupa cargos, em professores e ainda mais em gente que enche a boca pra dizer que é/fez algo de importante. 

Enfim.. vão tomar vergonha nessa cara, meu povo! Vamos lá se ater uns minutinhos numa leitura mais precisa, pegar o jornalzinho nas mãos e descer os olhinhos pelas linhas do texto. No pior das circunstâncias, tu vai ficar mais informado. Alooou! Isso é algo bom né?! Disso já satirizava Lewis Carroll, nas histórias de Alice:
"Dou-lhe de presente tudo o que já falei até agora", disse a Duquesa.
"Um tipo de presente bem barato!", pensou Alice.
Pois bem, é barato. Mas é de coração e de alma. Quem escreve é por prazer, por um objetivo maior de contar e interpretar algo. É tudo muito pensado, arquitetado e pesquisado. Nós jornalistas, os escritores e os blogueiros também, damos aos que nos leem o que temos de mais precioso: nossas ideiais, pensamentos e impressões. Pena que os cegos e surdos por opção não valorizem esse presente. Mas ainda há aqueles que nos motivem a seguir caprichando no texto. Graças que temos os olhos atentos dos leitores que são o nosso deleite!

quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

Jornalismo e Literatura nas mesmas linhas



Há um ano atrás, no dia 09 de dezembro de 2009 eu estava com o coração aos pulos e com os pensamentos me dando rebencasso. O motivo: minha apresentação da Monografia.

Eu, que amo escrever, decidi terminar a minha faculdade de Jornalismo fazendo o que gosto: escrevendo muito, falando das minhas duas paixões [Jornalismo e Literatura] e dissecando o texto da minha expressão em textualidade jornalística e literária: Juremir Machado da Silva.

Não foi só um ano de estudo nas aulas e orientações, nem 4 anos da faculdade. Tive quase 7 anos de preparação. Desde que conheci o trabalho do Juremir e que soube meus dias seriam vividos fazendo jornalismo, que comecei a moldar o texto e os argumentos apresentados na minha banca. Minha monogfrafia 'Jornalismo e Literatura nas mesmas linhas: Os recursos literários utilizados pelo jornalista ao transmitir informação através da crônica', foi aprovada com nota  MÁXIMA [um lindo dez].

Depois de muitas madrugadas criativas, um quarto revestido de recortes das crônicas do Juremir, váárias livros de café, de suspiros confidenciados ao Profº Bebeto Badke, de quase querer escrever um biografia do Juremir [mas devidamente freado pela minha super orientadora Profª Sione Gomes], de deixar a Profª Sílvia Niederaurer louca ao usar músicas da Madonna como na monografia e UM ANO DEPOIS deixo aqui uns trechinhos das 74 páginas escritas:
Este trabalho tem como objetivo principal mapear e analisar os elementos jornalísticos e literários que fazem parte da construção de uma crônica. O corpusCorreio do Povo. Para tanto serão elencados os recursos literários utilizados na construção das crônicas e a contextualização teórica dos marcadores literários que apareceram no decorrer dos textos.  Para isso, o quadro metodológico está constituído por estudiosos da Análise do Discurso Francesa, que irão descrever as marcas [opinião e linguagem] que o autor deixa impresso no texto.
Essa arte de contar histórias que é o jornalismo tem muita identificação com a literatura, daí a finalidade deste estudo no sentido de descobrir e registrar esse caminho peculiar e fascinante que é a crônica. A importância desta pesquisa para a comunidade acadêmica está no estudo da contextualização do cotidiano por meio da análise do discurso da crônica jornalística e a definição dos elementos literários que estão estampados na construção escrita opinativa. A percepção de novos rumos do estudo da criação textual no jornalismo valida a temática apresentada aqui.
Para ilustrar este estudo, o papel da literatura na prática jornalística, será observado a partir da leitura, apontamento e análise das crônicas do jornalista Juremir Machado da Silva, do jornal Correio do Povo. A escolha de Juremir Machado da Silva deve-se ao fato da identificação textual da pesquisadora com este jornalista. Além do fato de acompanhar o trabalho de Juremir há mais de nove anos, seja como jornalista, escritor de livros e cronista, possui um acervo de suas obras literárias e jornalísticas. Em suas construções textuais, é ácido e imponente com as palavras, deixando claras suas opiniões. Como o próprio jornalista afirma: “é fundamental não decepcionar os adversários”. Munido de doses homeopáticas de ironia, ele escreve sobre os mais diferentes assuntos e desperta sentimentos opostos em seus leitores.

A busca pelos marcadores literários encontrados no texto jornalístico que é a crônica, teve a ação implícita de valorizar esse gênero tão rico de ensinamentos e de linguagem. A crônica nada mais é do que um texto bem construído que divide entre suas linhas um labirinto jornalístico-literário que o cronista constrói para o leitor se perder na multiplicidade de caminhos, e que ele mesmo (o autor) cruza várias vezes o mesmo caminho e se encontra com os seus leitores.

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

Em off

Redação, quase 11h.
Ligo pra Universidade e peço pra falar com a coordenadora do Curso tal.
Faço as devidas introduções e largo a pérola.

- Tu poderias me passar o contato do aluno que apresentou os dados da pesquisa?
- Ele não é aluno. É professor. [choquei]
- Ah, desculpa. Ele é tão novinho. [cara de abostada]

Aí fechei a boca pra não falar mais o que tinha achado do jovem mestre. Constrangimento aconteceu em alta potência. HaHaHaHaHa  
Vai ver o professor tem uns anos a mais que eu, como não achá-lo novo?!
#acontece

domingo, 28 de novembro de 2010

Isso NÃO é lixo!

Quando você não quer umas uma coisa, o jeito é colocá-la no lixo. Ok! Mas e se essa ‘coisa’ em questão for um livro, uma obra de arte, um disco/CD ou então um quadro!? O que fazer?

Assim, ó acha um jeito de passar adiante, mas NÃO joga isso no lixo.
Vou repetir: Aquele quadro não ta mais combinando com a decoração da tua casa? Não quer mais o livro que tu já tem há mais de 10 anos e já sabe a história de trás pra frente? Não curte mais o CD/Disco daquele cantor?
Doa pra alguém, oferece, dá de presente. Mas NÃO põe no lixo!
Obrigada.

Agora vai o motivo:
Saí de casa para comprar um chocolate [#gooorda] e me deparo com a lixeira do prédio vizinho cheia com algo que podia ser tudo, menos lixo.

Três quadros com reproduções da imagem do Charles Chaplin como o Vagabundo/Carlitos. TRÊS! Posso com isso? Arte pura jogada ali em uma lixeira no meio da rua. Saí perguntando quem foi a inteligência que tinha feito aquilo, mas nada. Se eu fosse essa pessoa também me esconderia. Oh, a foto das crianças!
Foto: Márcia Pilar
O mestre do cinema mudo misturado com restos de comida e sacos sujos. Ah vá! Se quisesse se desfazer dos quadros deixando-os na rua para alguém pegar, que ao menos colocasse na frente da sua casa ou no chão ao lado da lixeira. Mas não dentro.

Bueno, as três peças já estão bem protegidas aqui em casa. Embelezando as minhas paredes que estavam mesmo precisando de um pouco de arte. E se por acaso não achar que elas tão em sintonia comigo, vou à cata de quem queira. 

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

ninguém sabe o duro que dei

Eu me impressiono muito com as coisas que ouço, vejo e leio. 
Ando aqui numa vibe fílmica [confere isso?] que tem envolvido meus finais de semana. e assisti a um documentário que, desde seu lançamento em 2008, chamou minha atenção: 'Simonal - Ninguém sabe o duro que dei' [taí o link pra quem quiser assistir].
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Dois motivos foram os principais: 
1º - as músicas do Wilson Simonal sempre me cativaram demais [e digo mais, que anos mágicos foram aqueles em que tínhamos Simonal, Chico Buarque, Elis Regina e Jair Rodrigues nos Festivais da Canção], mas conhecia muito pouco de sua trajetória. E isso não é nada perto do que eu percebi depois de assistir o documentário e ver que eu DESCONHECIA demais.
2º - a direção do Casseta Cláudio Manoel.
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Enfim, é um passeio pela história da música brasileira... que acaba transpassando muitos outros setores. O político é um deles.
Fiquei comovida com a luta do Simonal para vencer o ostracismo em que foi colocado pelos seus próprios colegas de profissão.
Mas me diverti com o jeito malandro, debochado, 'pilantra' e boa vida desse cantor que era magnânimo com seu público.
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Se eu puder dar só um conselho neste Blog. Seria este: por favor, assistam 'Simonal - Ninguém sabe o duro que dei'.

Vou só apontar algumas frases do documentário que merecem destaque:
- "Ele começou a vender muitos discos. E isso incomoda 'um pouco' a crítica porque mostra que o sujeito tá muito e muito popular". [Ricardo Cravo Albin, pesquisador musical]
- "Primeiro os 15 mil da esquerda. Ok, ok! Agora os outros 15 mil da direita". Simonal comandando o coro da sua plateia.
- "Agora vamos cantar ao alho e óleo, suave, suave. Sem champignon, no champignon!" Ele, pedindo simplicidade ao público na hora de cantar 'Meu limão, Meu limoeiro'. Gênio!!!

Trailler do documentário

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Uma temporada no País das Maravilhas

Alice andou aqui por casa esses dias. E por várias vezes, principalmente à noite antes da hora de dormir, ela me levou para passar uma temporada no País das Maravilhas

Posso dizer que foi um passeio por demais interessante. De fato que  alguns lugares  eu já tinha visitado, personagens a quem já tinha sido apresentada e também um ou outro momento que não me era inédito. 

Mas mesmo assim, foi uma experiência fascinante me sentir peça daquele jogo louco. Assistir Alice jogando croqué com a Rainha Vermelha, enquanto segurava aquele flamingo gigante foi só menos tenso do que tapar os ouvidos enquanto a pequenina rubra esganiçava “Cortem a cabeça dela, cortem a cabeça dela” [e é claro, enquanto mantia a minha bem segura e escondida entre os braços]. Vi a curiosidade de Alice ficar cada vez mais atiçada [e gulosa] quando mordiscava e bebia tudo o que via pela frente...e as consequências me deixavam doida com essa menina que não pensava antes de agir.

Podia ser uma inconsequente essa Alice, mas compensava em ímpeto, coragem e atenção. Curiosa que só ela, me fazia parar a cada virada de página para conversar com um e outro, para ver a luta entre um Leão e um Unicórnio e me fazer ajeitar as armaduras dos gordinhos gêmeos que não concordavam entre si. Mas junto com ela também aprendi que Reis também sonhos, que gatos sorriem e que coelhos têm pressa. 

Tomamos um chá [ou vários chás, já me perdi nesta confusão], ensinamos um cavaleiro a cavalgar, ficamos desejando nossos presentes de Desaniversários e, junto com o maluco de um Chapeleiro conhecemos outros caminhos. Vimos o que somos através do espelho. 

Eu já tinha passado outras temporadas ao lado de Alice, mais curtas é claro. Conheci-a quando era uma miúda e ficava a colorir suas roupas e cabelos. Alice aparecia mais naquela época e falava menos. Na Faculdade cruzei por ela muitas vezes pelas estantes da Biblioteca, mas infelizmente nunca tive tempo para sairmos juntas dalí. Este ano, como não pude ir vê-la no cinema, ela acabou por aparecer aqui em casa trazendo outros conhecidos meus que ajudaram a mostrar o que ela é.  

E agora essa menina não me escapa mais, trouxe-a para morar aqui. E arrumei o melhor lugar de casa pra ela ficar, a minha estante de livros.

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

super poderosa

Notícia: Madonna está entre as Mulheres mais Poderosas do Século XX. 
E quem colocou no papel o que eu [e muita gente boa já sabia]? A revista americana TIME.
   Suas listas são sempre aguardadas pelos leitores de todo o mundo, mas essa com as 25 Mulheres mais Poderosas do Século XX traz nomes que mudaram a nossa história para melhor. Mulheres que ousaram em ser elas mesmas. Umas são bem conhecidas e contemporâneas nossas. De outras aproveitamos só os benefícios que nos deixaram. 
   A listagem traz mulheres que fizeram e acontecerem no século passado [que, convenhamos, já não faz tanto tempo assim né?!], mas muitos nomes ali são atualíssimos como o da apresentadora Oprah Winfrey, da Secretária de Estado Americana Hillary Clinton, da voz da música negra Aretha Franklin e da chanceler alemã Angela Merkel
   Essas moçoilas aí ainda têm muito para ensinar, guiar, construir e nos emocionar. A Tia Madonna, no auge da sua meia idade, traz pulsante todo o ímpeto que há mais de 25 anos influencia a música Pop [e tudo o que música Pop pode ‘influenciar’] e nos fazendo levantar das cadeiras para dançar.   
  Cada uma das eleitas receberam uma descrição personalizada. A da eterna Rainha do Pop é um deleite, como sempre.

“Cada estrela Pop das últimas 2 ou 3 décadas tem de agradecer para Madonna por parte de seu sucesso. Uma mulher que faz tudo - cantora que domina paradas, energética dançarina e uma provocadora nata - deixou seu estado no Michigan com 35 dólares no bolso, um sonho ara realizar em Nova York e excedeu muito esse objetivo com sigles de sucesso como 'Vogue', 'Like a Virgin' e 'Ray of Light'. Uma das mulheres nominadas com os maravilhosos vídeos e performances ao vivo mais memoráveis, que incluem extravagantes números de dança, figurinos e concepção, a tornaram uma das mais populares artistas da MTV. Após causar com suas polêmicas e franqueza na sexualidade, Madonna tem se virado para os esforços como mãe e humanitária, mas não antes de cimentar o seu lugar na cultura Pop como a artista rock de maior venda no século XX”
  Confira a lista completa das outras Powerful Women. E um clique esperto no site MadonnaOnline que me enche de informações quentíssimas sobre a Tia Madge!

quarta-feira, 17 de novembro de 2010

Ja é Natal???

Pelas minhas contas [mentira], pelo que aponta o calendário mesmo, ainda falta mais de um mês para o Natal. Mas as ruas das cidades, as vitrines das lojas e os comerciais da TV indicam que logo, tudo e quase todos estarão vestidos de verde-e-vermelho.
Novembro ainda está em seu começo, mas as decorações natalinas espalhadas por toda cidade insistem em lembrar que a chegada de Dezembro aponta com força. Já encontrei tantos bonequinhos de Papai Noel enfeitando vitrines, subindo por chaminés, apoiados em janelas e recepcionando os visitantes nas portas, que já me pergunto se sou só eu que faltei a alguma reunião e não ganhei o meu Kit-Natal. Será?!
Certeza que todos os meus vizinhos foram nessa tal reunião secreta [e nem tão seleta]. Se eu não morasse aqui, de fato que acharia que o meu prédio é alguma daquelas sucursais do Bom Velhinho. Guirlandas natalinas estão ali, montadinhas nas portas. Em todas, menos em uma... a minha. Em um dos apartamentos, que tem duas entradas, a minha vizinha colocou guirlandas nas duas portas.
Eu adoro Natal. Aliás, esses três meses que se aproximam [dezembro, janeiro e fevereiro] é quando o melhor de mim se apresenta por aí. Também sou participativa e engajada no clima natalino, mas quando Dezembro chegar cuido disso. Ate lá, Feliz Novembro!

terça-feira, 16 de novembro de 2010

a informação em que se toca

O ato de folhear o jornal antes de sair de casa ou de sentar nos bares para ler uma revista entre uma conversa e outra são cenas que demonstram como o impresso é tão popular, o que se deve ao seu formato e linguagem simples e explicativa. 

As folhas de papel com letras e fotos estampadas dão vida e forma aos jornais e revistas. Tratando-se do jornal, ele é uma das mais antigas fontes de comunicação e também o marco do jornalismo.

Para quem o cria, escrever é construir ideias e responder questionamentos para saciar a vontade de quem mais tarde o vai ler; é ter a certeza que em breve o texto que lhe levou a tantos lugares e pessoas para ser feito, vai guiar o leitor a tantas outras situações. O jornalista do impresso tem com o seu leitor uma intimidade, ele está ali representado pela sua reportagem, notícia ou opinião. 

E, assim, o leitor vai a cada linha despindo o jornalista, letra por letra analisa o que está escrito, quando se identifica com o que está ali, guarda e até espalha o texto. Quando se vê insatisfeito com o que leu, põe de lado as folhas do jornal ou da revista, joga no lixo, embrulha o peixe. E o pior, esquece o conteúdo.

domingo, 14 de novembro de 2010

das coisas que a gente aprende

   Às vezes eu brinco com as pessoas que vêm me perguntar sobre ser jornalista, e digo: “É uma delícia ser paga para aprender”. E é sim!
   Tenho conhecido tantas histórias diferentes, conversado com pessoas que nunca imaginaria ter contato, visitado lugares que não comporiam nenhuma rota de passeio minha e experimentado gostos e sensações até então inéditas para mim. Aí vai o exemplo mais recente.
Distrito de Mato Queimado, interior de Três de Maio. Foto: Márcia Pilar
   Este final de semana vai ficar marcado. Num dia passei ótimos momentos conversando com mais artesãs que eu podia fazer ideia que iria conhecer. Reunidas no 1º Encontro Regional de Artesanato que acontece em Três de Maio, são 47 profissionais da arte e da decoração vindas de sete cidades da região Noroeste gaúcha para apresentar seus trabalhos.
   Descobri que de uma fruta miudinha, o butiá, pode se fazer mil e uma coisas: guirlandas, arranjos de mesa, bolsas e suporte de panelas. Além dos deliciosos licor e geléia de butiá que, aliás, trouxe para casa. Sem contar os mimos feitos com madeira, tecido, lã e tinta. Eles transformam pedaços de coisas em materiais lindos e úteis. Palmas!!!
   No outro dia, fui para uma realidade mais próxima da minha. A pauta era acompanhar um grupo de alunos do curso de Planejamento e Gestão para o Desenvolvimento Rural em uma visita de campo em quatro propriedades rurais. A procura deles era saber aonde a sustentabilidade era aplicada. Vimos de tudo: agricultor que está investindo pesado na melhoria da atividade leiteira; agricultor que só planta para comer [erva-mate, hortaliças, frutas e etc...]; agricultor que abastece com melado produzido na sua propriedade, aqui do interior de Três de Maio, uma das mais conhecidas empresas gaúchas de doces/geléias/amendoins; e agricultor que vê na cooperativa um sistema para crescer.
   Aprendi muito com estes senhores que desde que nasceram só conhecem uma forma de se levar a vida: trabalhando duro e apostando na força do campo. Sem contar que conheci coisas interessantíssimas [para a minha curiosidade, ao menos]. Dois fornos, um para se assar a tãão falada cuca alemã e outro onde se assa o melado para ele virar rapadura. Ô delícia!

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Cinco motivos para NÃO desistir de ser jornalista

Honrando o nome deste Blog, desta vez vou fazer um tráfico de palavras e post's por aqui.

Este é um dos textos geniais que o @duda_rangel posta no seu blog Desilusões Perdidas

Um espaço para quem é jornalista rir com as suas próprias peripécias e para quem é de fora ver a vida de peão que levamos! HaHaHa



 
5 razões para você não desistir de ser Jornalista [ por Duda Rangel]
 
1. Convença-se de que ser milionário não é tudo. Pouca gente acumula uma fortuna só trabalhando. O lance é não ser escravo do dinheiro e lembrar que vida de milionário também tem suas chatices. Já imaginou como é foda só poder ir à praia cercado de seguranças, como a filha da Xuxa? Viver a neurose de dirigir um carro blindado? Nada como a liberdade do pobre. Posso ser feliz com a pouca grana dos meus freelas. É possível ter dignidade mesmo bebendo Kaiser e com plano de saúde do sindicato.

2. Saiba que o fim da exigência do diploma não é o fim do mundo. Agora que você já malhou o boneco do Gilmar Mendes no sábado de Aleluia e extravasou toda a sua raiva, respire fundo e comece uma nova etapa em sua carreira. Invista em você, seja diferenciado no mercado e desbanque a concorrência descanudada. Não lamente o tempo que você passou na faculdade. Quem não a cursou jamais saberá o que é uma festinha numa república ou uma partida de truco durante a aula de Sociologia.

3. Perceba quando você não saberia ou odiaria fazer outra coisa na vida. Você acha que vai fazer sucesso como garoto de programa com essa barriga ridícula de chope? Você acha que vai abrir a sua assessoria de imprensa e se tornar um magnata da comunicação com essa sua vocação empreendedora de bosta? Você acha que vai ser feliz como corretor imobiliário se detesta tal profissão? Quando você descobre que o jornalismo está no seu sangue, doe-se a ele, apesar de todos os perrengues.

4. Acredite que ninguém morre de tanto trabalhar. Taí o Silvio Santos que não me deixa mentir. O homem do Baú tem quase 80 anos, cuida de suas empresas, grava programas na TV, interage com as colegas de trabalho, vai ao Jassa e, quando chega em casa à noite, ainda dá um pega na dona Íris. Ops, acho que exagerei nesta última parte! E jornalista, mesmo com os plantões, tem o privilégio de viver uma rotina sempre nova e muito mais excitante do que à de um burocrata do mercado financeiro.

5. Descubra que ser jornalista tem lá suas vantagens. Quem não adoraria viver e construir a História, saborear experiências reservadas a poucos, ter o poder da palavra, ganhar o elogio de um leitor que adorou a sua matéria? E, principalmente, quem não curtiria um jabazinho, uma viagenzinha, um convite vip e uma boca-livre aqui e ali?

domingo, 7 de novembro de 2010

Páginas de alô

   Colocaram um livro por debaixo da minha porta. 
   Como assim!? Mas que raios de livro é esse pra passar debaixo da minha porta?
   Não. Pra minha eterna tristeza não são almas boas e letradas que andam distribuindo livros por baixo das portas desconhecidas.
   Era uma lista telefônica!
   Peguei aquilo e fiquei pensando: “Mas pra que que eu preciso de uma lista telefônica?”
   Como é que um item tão importante parece que está ficando obsoleto? Na casa dos meus pais tem uma lista telefônica que tem tantas anotações e endereços sublinhados que poderia contar a história da minha família, ou ao menos para quem ligávamos. Pra tudo se recorria às folhinhas.
   Hoje é só digitar alguma coisa no celular que, voilá! Ou então requisitar o que tudo sabe e tudo informa: Google! Até a própria lista telefônica foi parar na Internet.
  Mesmo assim, deixei a minha bem guardada. Pode acabar a bateria do celular ou a minha conexão de Internet me deixar na mão, mas aquelas páginas fininhas vão estar sempre ali.  
  Se bem que, ainda acho uma confusão achar algum número ali!

sábado, 6 de novembro de 2010

do que eu quero dizer

Trafico palavras porque quero um outro viés de ilusão.
Por querer que elas se exibam por aí.
Para que todos as vejam e se possuam delas.
E porque não há nada que me incomode mais, do que uma palavra não manifestada!
 
 
 
 
Obs.: O Blog tá de cara nova [de novo]. É, eu não consigo me acostumar muito tempo com a mesma coisa. Espero que gostem. Visual mais clean, mas só o visual hein!? Os posts vão continuar sendo poluídos com palavras, imagens, ideias e informações!