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quinta-feira, 31 de março de 2011

visíveis insatisfações

Porque eu me imaginava mais forte. Porque eu fazia do amor um cálculo matemático errado: pensava que, somando as compreensões, eu amava. Não sabia que, somando as incompreensões, é que se ama verdadeiramente.
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Porque eu, só por ter tido carinho, pensei que amar é fácil. E é também porque sempre fui de brigar muito. É porque sempre tento chegar pelo meu modo. É porque ainda não sei ceder. É também porque eu me ofendo a toa. É porque talvez eu precise que me digam com brutalidade, pois sou muito teimosa. E só porque contive os meus crimes, que eu me encho de amor inocente.
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Talvez eu tenha que chamar de 'mundo' esse meu modo de ser um pouco de tudo.
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Eu que jamais me habituarei a mim, estava querendo que o mundo me escandalizasse.
*ouvi que esses trechos são de um texto da Clarice Lispector, mas já não acredito mais em nada. ‘Deixa assim ficar  Subentendido’


segunda-feira, 28 de março de 2011

com os pés [beem] no chão


é assim que eu gosto de passar os dias quentes, de pés descalços. por ter sido criada meio campo a fora sempre fui adepta em andar de 'pé no chão'.

dentro de casa o hábito se perpetuou. e até hoje é só eu colocar os pés pra dentro da porta que voam meus sapatos, fora as vezes em que as escadas já viram palco deste cena.

não sei que sangue japonês corre nessas minhas veias luso-hispânicas-indígenas, que me fazem guardar os sapatinhos na entrada de casa e ficar limpando o chão com meus pés [nas palavras da minha mãe].

com o outono chegando aí e o frio também, eu continuo assim. mas de meias ;)

sábado, 26 de março de 2011

estouros e fumaça


Os publicitários do Guaraná Antarctica que me desculpem.
Mas o meu programa legal é pipoca com café. Só comigo.
Sem mais!


quinta-feira, 24 de março de 2011

desassosegos


Ando assim, às avessas. Insistindo em não rever situações e guardar a minha presença. Um tanto protegida das coisas que eu posso fazer se continuar pensando demais. Ajudaria se eu interagisse mais e descobrisse que tem depois de todo esse escuro. Mas, por estes dias, a palavra ansiedade terá como imagem ilustrativa uma foto minha.


segunda-feira, 21 de março de 2011

pétalas à distância

evito as flores, pois ainda mal sei cuidar de mim.

elas são como filhos radiantes e coloridos com os quais não sei lidar.

prefiro que fiquem em seus jardins, nas suas árvores e nas casas alheias.

são os pequenos bebês, rechonchudos e rosados, coisas lindas de se olhar... mas são amáveis assim por não sermos nós a cuidá-los.

quinta-feira, 17 de março de 2011

para mais gente


'Em nosso país, uma rançosa tradição beletrista reza que textos sobre o mundo das artes devem ser pomposos, pedantes, retorcidos - numa palavra: ininteligíveis (se fossem duas, a segunda seria 'cafonas'). Escrever difícil é fácil. Escrever bem pode ser um inferno' - The Economist
Trechos traficados da Revista BRAVO!. Janeiro de 2011, ano 13, nº 161

A questão ultrapassa a velha discussão de 'populazirar a cultura', só pelo fato da cultura já ser em sua natureza, popular. Um meio onde todos constroem, para todos absorverem e se aproveitarem dela. Punto y basta!

Custando caro ou barato, sendo para poucos ou para a maioria... não importa é cultura e está aí para ser [perdoe-me o trocadilho] ser cultuada. Não existem várias culturas, ou divisões dela... mas sim formas de nos expressarmos perante dela. E não há uma cultura diferente, e sim desconhecida. Pronta para nos inserirmos nela.

O que abala tudo isso, é sempre ter quem se aproveite do conhecimento, da cultura e da informação para se beneficiar com isso  e, desta forma, cercear outros tantos. Isto há de mudar, assim que insistirmos em não nos rotular.
 

domingo, 13 de março de 2011

não se escreve só em livros

'Certos textos são tão bons de ler que, certamente, foram um inferno de escrevê-los'.  

Acredito mesmo nisso, sei como é essa coisa de escrever. Como nos emocionamos com as nossas palavras e como outras tantas pessoas são tocadas por elas. Pelo lado bom e pelo não tão bom.

Ser atingido por letras e palavras é não estar imune, é ter as defesas quebradas e o inconsciente em pleno funcionamento. 


A dor e a alegria que certos textos nos trazem, são a tatuagem dos pensamentos de quem o escreveu... as ideias implantadas em páginas, vozes ou telas são as facas que rasgam as almas destes.

Afinal, como diz Gabriel Garcia Márquez: 'Nunca fiz nada diferente de escrever'. Acreditem, muitos escritores, jornalistas, cronistas e poetas só sabem fazer isso... e como fazem bem!


quinta-feira, 10 de março de 2011

um questão de afinação


Tenho quatro relógios na minha casa.
 
Dois deles marcam a hora atual.

Na outra metade, o tempo parou.

Em qual deles eu confio?

terça-feira, 8 de março de 2011

a denúncia é a arma da mulher

Assédio sexual, agressão verbal e preconceito devem ser eliminados das relações sociais

Depois de uma luta de décadas para entrar no mercado de trabalho e ser aceita como profissional competente, as mulheres estão enfrentando outra situação delicada de se tratar e muito dura de aguentar: até que ponto o fato de ser mulher ajuda ou atrapalha na profissão?
O trabalho é um dos locais onde as mulheres sofrem mais com essas questões. “Por se sentir intimidada e faltar com a denúncia logo no começo, a mulher pode até ser obrigada a se envolver por estar sob pressão”, alerta uma advogada com quem conversei.
 E como proceder quando essas ameaças não partem dos colegas de trabalho e sim de homens que as mulheres convivem ou estejam relacionados ao seu meio profissional? A advogada avisa que o procedimento é o mesmo e que possui o mesmo peso: “Elas têm que lidar diariamente com vizinhos, amigos ou pessoas que fazem parte do seu meio social. o constrangimento pode vir desde o modo verbal até as vias de fato”.


Mesmo no século XXI são constantes as histórias de mulheres que precisam deixar de lado a sua profissão para se preocuparem com as atitudes arcaicas de muitos homens que não sabem conviver com uma mulher atuando profissionalmente ao seu lado.
Confundir a postura de trabalho com intimidade é o principal erro. Ainda são poucas as mulheres que procuram ajuda de um advogado ou que denunciam com medo de sofrerem represálias mais fortes. O assédio sexual também acontece por insinuações, cantadas ou algo que gere constrangimento à mulher, não caracterizando somente contato físico.
Buscar dignidade e liberdade de agir socialmente na sua profissão é o que a mulher tem que priorizar nessas situações, sem pensar no que isso pode repercutir para ela ou no caso de ficar exposta. Entender que o problema existe e denunciá-lo são formas de assegurar de que o respeito às mulheres seja garantido.

* A minha reportagem na íntegra está na edição do COOPERJORNAL desta semana [de 04 a 10 de março]

sábado, 5 de março de 2011

Na contramão do Carnaval


Quando o lazer e a diversão acontecem longe da folia, não faltam alternativas
           
No lugar dos pandeiros, mapas turísticos. As mulatas e a agitação das quadras de samba são trocadas pela tranquilidade do campo. Ao invés das marchinhas de Carnaval na ponta da língua, o que se escuta é o som das orações. O tradicional desfile das escolas de samba na telinha é substituído pelos DVD’s de filmes. É nesse ritmo que muitas pessoas abandonam a correria das festas do Momo e vão à procura de outros programas de lazer. Todos com um único objetivo: fugir do Carnaval.

Para essas pessoas, o Carnaval é visto apenas como mais um feriado no calendário do que a maior festa popular do mundo. Seja pela oportunidade de folga que o evento proporciona ou pelo desinteresse de participar da festa. Eles estão nem aí para o que muitos veem como o principal evento do ano.
Uma das alternativas então é se refugiar de tudo isso. Às vezes não é preciso ir muito longe para aproveitar esses dias distante da agitação da cidade. O melhor jeito de para passar o Carnaval, é longe dele. E por vezes não precisa ir muito longe para isso, um rapaz me contou que vai junto com uma turma de amigos o rio Buricá pescar. E sem fazer muita questão da folia do Carnaval, garantiu: “Geralmente pescamos muitos peixes”.
Outros estão buscando mais do que um simples afastamento geográfico ao primarem pela busca espiritual. Todos os anos cerca de 120 jovens da Igreja Batista se encontram em uma chácara bem nos dias de Carnaval. Segundo o Pastor da Igreja, o retiro espiritual não deixa de lado o lazer, pois à disposição do grupo estão palestras, músicas, jogos e piscina.
É nosso papel conscientizar que o Carnaval é uma festa da carne que tem consequências, gente bêbada, gente que morreu ou que ficou grávida. Queremos evitar esses resultados, por isso temos essa proposta mais saudável de festejarmos”, comentou o Pastor. 
E há os que encontram nas suas próprias casas um refúgio, mas nada de assistir à programação carnavalesca na televisão. O que distrai esse público nada animado com a farra que está acontecendo nas ruas e clubes são os filmes e séries em DVD ou na televisão.
Afinal, o que vale é se divertir. Seja no meio da folia ou deitado no sofá comendo pipoca.

sexta-feira, 4 de março de 2011

bloco do eu sozinho

Pra mim, carnaval só pela TV. 
Já se foi o tempo que eu catava lantejoula na avenida do samba.
Brilhava nos camarotes.
E festeava pelos clubes!
 
Amo Carnaval, e já participei de diversas formas de aproveitá-lo [ok, ainda falta a tal da micareta]. Mas ando mais na vibe 'bora ficar encantada com a criatividade das escolas de samba pela TV'.
Um carnaval suuuper divertido a todos. E aos que não gostam da folia, bom livro, bom passeio, boa viagem ou bom filme.
 

quarta-feira, 2 de março de 2011

como se faz um bebê?

A região onde moro tem mostrado uma estatística muito interessante, o grande número de grávidas

Não sei se perdi alguma reunião do Governo sobre desenvolvimento populacional ou se foram as futuras mamães que faltaram às aulas sobre métodos contraceptivos.

Na mesma semana duas amigas me contam que estão grávidas. Dia desses estava conversando com um conhecido que me disse: "Tou com a minha esposa grávida. Brinco que isso é meio contagioso, nós temos um grupo de amigos que é formado por 12 casais e todos também eles estão esperando bebê".

Bom trabalho para o IBGE recensear esse povo todo no próximo Censo.

E fica este vídeo educativo de como se faz um bebê. Última palavra em fertilização assistida, um sucesso: