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quinta-feira, 4 de julho de 2013

dos bons ventos


Eu, que sempre andei em busca de quem me bagunçasse, deixei me encontrar por alguém que me consertasse. Sem mais querer correr por vielas em que me perdesse, preferi me deixar ser livre no calor de um abraço. E, assim, me deixei viver!

Jeito bom de me encontrar e de descobrir novas sensações que não estavam escritas só para mim. Abandonei anseios como quem encara um caminho já não é mais seu. Dessa forma, vagarosamente fui desenhando boas intenções e desbravando o desconhecido agarrada em meu mais sincero sorriso. Ahhh... e foi gravando meus desejos nas curvas do meu rosto é que conquistei estes dias melhores.

Como em um recado perfumado em cima do travesseiro, foi que imprimi a passagem de um sopro de leveza em mim. Sem querer atirar ansiedade no coração alheio, fechei os olhos e rasguei os últimos panos que me escondiam a alma. Confundi-me com a luz do sol e ceguei o mais claro dos olhos. Temperei quereres e cozinhei as palavras em fogo brando para não queimar as expectativas. Despejei vontades em taças servidas à dois assim que o carinho me pegou pela mão e me chamou para passear.

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