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sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

sobre madrugadas vazias

As madrugadas têm sido mais e mais barulhentas e agitadas. Sem ter ruas para correr, pistas para desfilar ou outros corpos para descobrir; minha mente insiste em perturbar as noites de sono.

Acordo pesada como se a dose de vodka que eu não tomei ainda martelasse minha cabeça. E não é de tanto dançar que minhas costas, tensas, se curvam sobre as pernas que bambeiam sem que ninguém as tenham feito tremer.

Minhas manhãs têm sido de dúvidas em saber que sonho me pular de uma cama que eu mesmo baguncei de tanto empurrar os lençóis. E às vezes que não foram nem o despertador ou o sol invadindo meu quarto que me tiraram do vazio do sono, e sim eu mesma gritando. Se era uma briga, uma ordem, um pedido de socorro ou um desejo satisfeito nunca consigo saber.

Talvez sejam meus planos inacabados ou as vezes em que deixei pairando no ar muitos sentimentos. O que é certo é que isso de não estar em paz, ainda me pesa a alma.



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