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quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

de como viramos joías de pedra

Quantas memórias que nos machucaram podemos guardar? O coração tem algum prazo para deixar de manter sentimentos vazios mofando suas paredes? E a nossa alma, por quanto tempo ela consegue se desvincular das mentiras que nos foram contadas?

Já esqueci  quem me disse que tinha entrado em minha vida para 'consertar o que estava quebrado' ou daquele que me sussurrou que 'era por mim que ele ainda continuava a respirar'. Fiz esse favor a mim, apagar os nomes de todos. Mas as suas vozes, seus recados e as tantas palavra jogadas como flechas para o meu peito... dessas não há jeito de me livrar.

Porque insistem tanto em brincar em um jogo do qual sabe que não irão até o fim? Qual a justificativa de plantar flores em um terreno que não estarão (e nem querem estar) para a colheita? E o que resta de tudo isso já sei bem: peças quebradas em um tabuleiro esquecido e flores murchas que foram regadas a lágrimas.

E, foi assim, de abandono em abandono, que comecei a trajar armaduras mais resistentes e menos ornamentadas para, em meu castelo com paredes vazias de cores e de quadros, receber meus amores.


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