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quinta-feira, 21 de outubro de 2010

De carona com Tarantino

“Claro que é violento, mas é um filme de Tarantino. Você não vai ver um show do Metallica e pede para os caras abaixarem o som”
Quentin Tarantino
   Este debochado aí de cima [e aí de baixo], sabe não só formar uma bela frase de impacto, como também faz filmes incríveis. E olha que Quentin Tarantino, não vários filmes bons. Ele faz um só muito bom. Ou você acha que tudo o que esse roteirista levado já escreveu são só alguns filmes ao longo dos anos. Não! Tudo o que Tarantinno já produziu [desde Cães de Aluguel (1992) até À Prova de Morte] é uma sequencia de um único filme. Mas bem, isso é para outra rodada de observações.

   Eu esperei tanto para assistir À Prova de Morte [Death Proof] que, agora que vi, posso dizer uma coisa: Ô Tarantino, tu me deixa zonza com tanta cena genial. Mesmo quando ninguém fala, o ronco dos motores, as risadas e a trilha sonora [que sucesso de trilha sonora] conta toda a história. O mestre dos detalhes não nos decepciona.
Primeiro ele nos serve margueritas em um bar onde a junkbox anima tudo. Galanteador, insere até um versinho na cena. E como não podia faltar, uma dança ao estilo Um Drink no Inferno (1996) [só que desta vez sem a serpente]. Rá, e tem a Marcy. Que na dublagem em português virou Márcia [um ponto pra essa adaptação dos dubladores...hehe]
   Depois vem a carona e pam, pam, pam!
   Em seguida ele nos deixa esperando por um G.O sem açúcar no estacionamento de uma lanchonete. Sem contar que eu pulei pra pegar o meu celular na hora que a Abernathy recebeu uma ligação, o toque é o mesmo!!! E a explicação vem agora: a musiqunha que toca é The Killer Song, que é o assobio de uma das cenas antológicas de Kill Bill I
   Outra referência ao jeito Kill Bill de ser, é a cor do carro do segundo grupo de garotas que na parte externa imita as cores do uniforme de luta da Beatrix Kiddo [a noiva] e do lado de dentro é a mesma da camionete que ela dirigia em Kill Bill. A roupa, de líder de torcida, da atriz Lee lembra muito o estilo colegial da Gogo Yubari. E os pés, aah essa eterna [e sempre presente] paixão de Tarantino. Sim, tudo isto ele embola num mesmo filme, e essa foto retrata todas essas referências.
   E como meus pensamentos ficam suspensos no ar com essas criações que saem da mente de Tarantino. Digo que estou a espera do próximo capítulo deste hiper-longa-metragem que ele está costurando a cada filme. E que venha!!



7 comentários:

  1. Tenho para mim que se o Quentin Tarantino realizar um longa-metragem "trash, grudento, nojento e ranhento", narrando a história de açougueiros canibais que possuem fetiche por pés femininos, a "crítica intelectual" irá prontamente considerar que se trata de um filme cult, referencial, rico em conceitos semióticos, autoral e qualquer metáfora dessas.

    ... E o engraçado é que esses mesmos críticos detonam filmes do Bruce Lee e Chuck Norris, mas aposto que quando ninguém está olhando eles assistem bizarrices como "A vingança do Kickboxer contra o Santo Guerreiro" ou qualquer coisa assim.

    Crítica cinematográfica é uma fraude.

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  2. Eu também considero Tarantino superestimado e não acho o Kill Bill essa Coca-Cola toda, mas reconheço que em Bastardos Inglórios o cara acertou em cheio.

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  3. Acho que é aí que está o feeling do Tarantino. Pegar coisas assim tão pesadas [e às vezes sem sentido] e transformá-las num produto que seja envolvente.
    Eu não curto nenhum pouco cenas de matança, nem essas sangueras que existem nos filmes, tbm não sou afeita a filmes de perseguições de carro ou então à outras tantas coisas.
    Mas nos filmes dele as coisas mudam de figura. O olhar que ele põe sobre elas [e que ele nos faz ter delas], é outro.
    Sobre os críticos...ahh.. eles são pagos para fazer um estardalhaço sempre. \o/
    Ainda confio no público como o crítico maior. Se bem que ainda quero ser paga para fazer crítica literária [hehehe]
    E é claro... os filmes de Tarantino não são só "trash, grudento, nojento e ranhento".
    São sim produções que envolvem conteúdo "trash, grudento, nojento e ranhento" que tem história, atores que sabem nos deixar atentos à telinha, uma trilha sonora que acompanha roteiro, diálogos que marcam... enfim!
    é tudo muito trabalhado.

    E sobre Kill Bill, sou suspeita de falar. Só mesmo interpretando Batrix Kiddo, que fui gostar de Uma Thurman. \o/

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  4. diria Lynch no Duna: eU SOu a PalAVra qUE MAta!
    abraços ?
    fellini?

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  5. Eu mandei abaixar o som no show do Metallica!!!! E mandei diminuir a pirotecnia! HEUAHEAEHUAEH! Bárcia, Bárcia, e seu Tarantino!! ^^ Só vi Kill Bill e Pulp Fiction desse tio aí! Mas essa é uma falha passível de ser corrigida, não? =] Bjss

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  6. adoro a musiquinha do kill bill. me lembra férias, alegrete, quartinho do computador, calor, mosquito, msn.

    meu post é o mais intelectual de todos!

    te amo!
    ahahahahah

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  7. hahaha.
    Tarantino deixa todos loucos.
    e eu ainda mais. ô coisinha...
    ah pois, eu obrigo meeesmo as pessoas que eu gosto a assistirem/conhecerem/ouvirem/lerem as coisas que me agradam. #mooh

    toquezinho do kill bill aHaza, mesmo!
    tirando o piii dos mosquitos, só coisa boa para lembrar.

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